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7 Histórias de Sucesso de Comunidades que Abraçaram a Energia Renovável no Brasil

A energia renovável não é apenas uma tendência global – no Brasil, ela está transformando vidas, impulsionando economias locais e garantindo acesso à eletricidade em regiões antes esquecidas. De favelas urbanas a comunidades ribeirinhas na Amazônia, projetos inovadores mostram como a sustentabilidade pode ser inclusiva, democrática e economicamente viável. Conheça sete casos inspiradores que estão reescrevendo o futuro energético do país.

1. Cooperativa de Energia Solar em Favelas do Rio de Janeiro

Projeto: Revolusolar nas comunidades da Babilônia e Chapéu Mangueira.
Localização: Rio de Janeiro (RJ).

Em 2021, essas comunidades tornaram-se as primeiras favelas brasileiras a implementar um modelo de cooperativa de energia solar. Com painéis instalados na Associação de Moradores, o sistema compartilhado gera créditos na conta de luz dos participantes.

Dados Principais:

Métrica Detalhe
Capacidade instalada 26 kWp (60 módulos doados pela LONGi)
Famílias beneficiadas 30
Economia anual R$ 80 mil reinvestidos em fundo comunitário
Redução de CO₂ 7 toneladas evitadas em 3 anos

Além da geração de energia, o projeto inclui workshops sobre sustentabilidade e capacitação profissional. A economia nas contas de luz permitiu investimentos em serviços locais, como pagamento de eletricistas e professores.

2. Complexo Solar de Pirapora: Energia em Escala Industrial

Projeto: Usina Solar Pirapora.
Localização: Minas Gerais.

Com mais de 800 hectares, o complexo é um dos maiores da América Latina. Seus painéis abastecem cerca de 420 mil residências por ano, combinando eficiência e geração de empregos.

Impacto Local:

  • Geração de 1.500 empregos durante a construção.
  • Atração de investimentos de empresas como Shell e Gerdau.

3. Projeto Palmas Solar: Incentivos Fiscais para Energia Popular

Localização: Palmas (TO).

Lançado em 2015, o programa municipal oferece descontos no IPTU para quem instala painéis solares. Os excedentes são injetados na rede, reduzindo custos para a prefeitura.

Resultados (2020):

Indicador Valor
Descontos concedidos R$ 415 mil
Capacidade instalada 3,8 MW (geração distribuída)
Próxima fase Usina de 5 MW para prédios públicos

O sucesso do projeto levou à expansão para escolas municipais, com economia mensal de R$ 5 mil.

4. Vila Limeira: Amazônia Sustentável

Projeto: 100% Solar na Amazônia.
Localização: Vila Limeira (AM).

Antes dependente de geradores a diesel (apenas 3 horas de energia/dia), a comunidade ribeirinha agora tem eletricidade 24h via minirrede solar.

Detalhes Técnicos:

  • Capacidade: 30 kWp com baterias de lítio.
  • Economia: R$ 80–R$ 120 mensais por família.
  • Durabilidade: Equipamentos com vida útil de 15–25 anos.

5. Uberlândia: Capital Nacional da Energia Solar

Localização: Uberlândia (MG).

A cidade quase triplicou sua capacidade solar entre 2019 e 2020, chegando a 50 MW. O crescimento foi impulsionado por políticas de incentivo e parcerias público-privadas.

Comparação Anual:

Ano Capacidade Solar (MW)
2019 17
2020 50

Hoje, a cidade é referência em geração distribuída, com milhares de residências usando telhados solares.

6. Usinas Híbridas na Bahia: Sol + Vento = Eficiência

Projeto: Parques eólico-solares.
Localização: Bahia.

A combinação de painéis solares e turbinas eólicas maximiza a geração de energia (sol durante o dia, vento à noite). Um exemplo é o parque de Canudos, que reduz a pressão sobre a rede elétrica regional.

Vantagens:

  • Redução de 40% nas perdas de transmissão.
  • Capacidade instalada: 120 MW (solar) + 80 MW (eólico).

7. Maré Solar: Iluminação para a Maior Favela do Rio

Projeto: Energia Acessível no Complexo da Maré.
Localização: Rio de Janeiro (RJ).

Iniciativa recente que está instalando painéis solares em áreas comuns, como escolas e centros de saúde. O objetivo é reduzir em 30% os custos com energia de 140 mil residentes até 2025.

Conclusão: Um Modelo para o Mundo

Os casos acima mostram que a energia renovável no Brasil vai além de megaprojetos – é uma ferramenta de inclusão social. Com políticas assertivas, cooperação comunitária e incentivos fiscais, o país prova que sustentabilidade e desenvolvimento econômico podem andar juntos. Até 2030, espera-se que mais 100 comunidades adotem modelos similares, reforçando o Brasil como líder global em transição energética justa.