7 Maneiras de Pescar de Forma Sustentável na ZEE da Guiné Equatorial
A Guiné Equatorial possui uma Zona Econômica Exclusiva (ZEE) de 314.000 km², com recursos pesqueiros estimados em 74.000 toneladas anuais. No entanto, a produção atual é de apenas 5.000 toneladas, insuficiente para atender à demanda local. Para equilibrar desenvolvimento econômico e preservação marinha, destacamos sete estratégias comprovadas para uma pesca sustentável.
1. Parcerias com Organizações Internacionais
Colaborar com instituições como a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) é essencial. Em 2014, um projeto de US$ 4 milhões permitiu mapear estoques pesqueiros e criar um plano de investimentos para uso sustentável.
Dados do Projeto FAO (2014-2018):
Objetivo | Resultados |
Avaliar recursos marinhos | Dados científicos para gestão |
Reduzir importações de peixe | Aumento da produção local |
Gerar empregos | Capacitação de pescadores artesanais |
2. Pesquisa Científica e Monitoramento
Em 2017, o navio Itaf Deme realizou um levantamento na ZEE para identificar espécies comerciais e avaliar biomassas. Esses dados ajudam a evitar a sobrepesca e a proteger ecossistemas vulneráveis.
Áreas Estudadas:
- Bioko.
- Região Continental.
- Annobon.
3. Fortalecimento da Pesca Artesanal
O projeto PASPA, financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (€ 69,9 milhões), moderniza a pesca artesanal com equipamentos, frigoríficos e formação. Mulheres e jovens são prioritários, já que dominam a comercialização.
Benefícios do PASPA:
- Aumento da produção em 19.126 toneladas.
- 51 poços de água potável construídos.
- 3 centros de aquicultura em desenvolvimento.
4. Aquicultura: O Futuro da Proteína
Três centros de aquicultura em Ebibeyin, Mongomo e Micomiseng produzem:
- Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus): Crescimento de 500g em 6 meses.
- Bagre africano (Clarias gariepinus): Tolerante a águas com baixo oxigênio.
- Meta: 10.000 toneladas/ano até 2030, substituindo 25% das importações.
5. Educação Ambiental com Resultados
Campanhas em 45 comunidades costeiras (2023-2025) focaram em:
- Técnicas de fumagem sem uso de madeira tóxica (ex: Nauclea diderrichii).
- Períodos de defeso para espécies ameaçadas, como tubarões-martelo.
- Workshops práticos com 92% de aprovação pelos pescadores.
6. Infraestrutura Verde e Energia Limpa
O complexo Ekuku-Bata, reformado em 2024, inclui:
- Painéis solares de 200 kW, economizando 120 toneladas de CO₂/ano.
- Sistema de reaproveitamento de água da chuva para limpeza do pescado.
7. Mercado em Crescimento
O setor de peixe fresco movimentará US$ 110,13 milhões em 2025, com crescimento anual de 11,61%. Estratégias-chave:
- Certificação sustentável para exportar à UE.
- Feiras locais com preços 30% menores que produtos importados.
Desafios e Próximos Passos
- Clima: Aumento de 0,5°C na temperatura do mar (2000-2025) afeta ecossistemas de corais.
- Meta: Aumentar a produção doméstica para 19.126 toneladas até 2026 via PASPA.
Conclusão
A sustentabilidade na ZEE da Guiné Equatorial depende de tecnologia, cooperação internacional e inclusão social. Com projetos como PASPA e parcerias com a FAO, o país pode aumentar a produção sem esgotar seus recursos – garantindo segurança alimentar e renda para milhares de famílias.