8 Projetos de Energia Renovável no Brasil para Ficar de Olho em 2025
O Brasil consolida-se como líder global em energias renováveis, com 89% da matriz elétrica proveniente de fontes limpas. Em 2025, projetos inovadores prometem acelerar a transição energética, combinando tecnologia, investimentos e sustentabilidade. Abaixo, destacamos iniciativas estratégicas que merecem atenção, ampliadas com dados atualizados e tendências emergentes:
1. Modernização da Usina Hidrelétrica de Itaipu
Localização: Fronteira entre Brasil e Paraguai.
A Itaipu Binacional, segunda maior hidrelétrica do mundo, está integrando sistemas de energia solar flutuante e modernizando turbinas para aumentar a eficiência.
Detalhes | Informações |
Capacidade atual | 14 GW |
Investimento (2025) | R$ 2,1 bilhões |
Novas tecnologias | Painéis bifaciais e armazenamento |
Impacto ambiental | Redução de 1,2 mi toneladas de CO₂/ano |
O projeto inclui parcerias para pesquisa em hidrogênio verde e integração com parques eólicos do Paraná. Estudos indicam que a hibridização com solar flutuante pode aumentar a eficiência energética em 12%.
2. Complexo Eólico Offshore no Rio Grande do Sul
Localização: Litoral do RS.
Com potencial de 700 GW em energia eólica offshore, o estado avança no licenciamento de um complexo de 5 GW, capaz de abastecer 12 milhões de residências.
Detalhes | Informações |
Capacidade planejada | 5 GW até 2030 |
Investimento inicial | R$ 28 bilhões |
Tecnologia | Turbinas de 15 MW |
Geração de empregos | 15 mil diretos |
O projeto enfrenta desafios regulatórios, mas destaca-se pelo uso de cabos submarinos inteligentes. A previsão é que até 2030, o Brasil se torne o primeiro país da América Latina com parques eólicos offshore operacionais.
3. Usina de Hidrogênio Verde da Fortescue no Ceará
Localização: Complexo do Pecém (CE).
A mineradora australiana Fortescue investe R$ 17,5 bilhões em uma planta que produzirá 500 toneladas diárias de hidrogênio verde, usando 1,2 GW de energia solar e eólica.
Detalhes | Informações |
Capacidade de produção | 500 toneladas/dia |
Consumo energético | 1,2 GW de renováveis |
Aplicações | Siderurgia e transporte pesado |
Redução de CO₂ | 8 mi toneladas/ano |
O hidrogênio será exportado para a Europa e utilizado em indústrias locais. O Ceará posiciona-se como hub global de hidrogênio verde, com 14 projetos em negociação até 2026.
4. Expansão da Energia Solar com Módulos Bifaciais
Localização: Nordeste e Centro-Oeste.
O Brasil já utiliza módulos bifaciais em 97,22% das instalações solares. Em 2025, a capacidade fotovoltaica deve crescer 14 GW, com destaque para leilões de energia.
Detalhes | Informações |
Capacidade adicionada (2025) | 14 GW |
Investimento | R$ 54,9 bilhões |
Tecnologia predominante | Bifacial + rastreadores |
Custo nivelado (LCOE) | US$ 18/MWh |
Projetos no Piauí e Bahia incluem sistemas de armazenamento em baterias (BESS) para estabilizar a rede. O mercado solar brasileiro deve atingir 35 GW até 2030, com crescimento anual de 10%.
5. Bioenergia na Amazônia com Resíduos Florestais
Localização: Estados da Amazônia Legal.
Usinas de biomassa convertem resíduos de manejo florestal sustentável em energia, evitando queimadas e gerando créditos de carbono.
Detalhes | Informações |
Capacidade instalada | 2,4 GW |
Matéria-prima | Resíduos de açaí e castanha |
Redução de emissões | 4 mi toneladas de CO₂/ano |
Comunidades beneficiadas | 120 mil famílias |
O projeto alia geração de energia à preservação, com selos de certificação internacional. A bioenergia representa 10% da matriz elétrica nacional, com potencial para crescer 40% até 2030.
6. Parques Híbridos Eólico-Solar na Bahia
Localização: Região do São Francisco (BA).
Parques combinam energia eólica (80%) e solar (20%), maximizando o uso do território e reduzindo custos de transmissão.
Detalhes | Informações |
Capacidade total | 3,5 GW |
Investimento | R$ 12 bilhões |
Fator de capacidade | 62% |
Inovação | Sistemas de previsão por IA |
A iniciativa reduz o curtailment (desperdício) em 40%, segundo a ONS. Até 2027, a Bahia deve atrair R$ 50 bilhões em investimentos híbridos.
7. Integração Hidro-Solar no Rio São Francisco
Localização: Submédio São Francisco (PE/BA)
Usinas hidrelétricas da CHESF ganham complementação com flutuadores solares, aumentando a flexibilidade operacional.
Detalhes | Informações |
Capacidade solar adicionada | 1,2 GW |
Área ocupada | 18 km² de espelhos d’água |
Vantagem | Redução de evaporação |
Armazenamento | 500 MWh em baterias |
O modelo serve de referência para outras hidrelétricas na América Latina. Estima-se que 30% das hidrelétricas brasileiras adotem solar flutuante até 2030.
8. Sistemas de Armazenamento com Apoio do BNDES
Localização: Nacional
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financia projetos de baterias de grande escala para equilibrar a rede.
Detalhes | Informações |
Investimento total | R$ 6,7 bilhões |
Tecnologias | Lítio-ferro-fosfato e fluxo |
Duração de descarga | 4 a 8 horas |
Projetos prioritários | Nordeste e Sudeste |
O programa inclui treinamento de 5 mil técnicos em operação de BESS. A capacidade de armazenamento nacional deve saltar de 500 MWh para 4,6 GW até 2030.
Desafios e Considerações Socioambientais
A expansão renovável não é isenta de críticas. Projetos eólicos e solares no Nordeste enfrentam disputas por terras, impactos na biodiversidade e alterações no modo de vida de comunidades tradicionais. Para mitigar riscos, organizações recomendam:
- Consentimento prévio das comunidades afetadas.
- Distância mínima de 2 km entre turbinas e propriedades rurais.
- Proteção de áreas de preservação e fontes hídricas.
Impacto Econômico e Geração de Empregos
O setor de renováveis gerou 1,5 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil em 2023, posicionando o país como terceiro no ranking global de empregos verdes. Destaques:
- Solar: 264 mil vagas diretas (4º lugar mundial).
- Eólica: 15 mil novos postos em projetos offshore.
- Bioenergia: 1,56 milhões de empregos (1/3 do global).
Conclusão
Em 2025, o Brasil reforça sua liderança em energias renováveis com projetos que equilibram inovação, escala e impacto socioambiental. A combinação de políticas públicas (como o Paten), investimentos privados e avanços tecnológicos posiciona o país como um hub global para negócios verdes.