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7 Empresas de Energia Renovável Liderando a Revolução de Tecnologia Limpa no Brasil

O Brasil consolidou-se como um dos países mais sustentáveis do mundo: 88% de sua matriz elétrica vem de fontes renováveis, segundo o Ministério de Minas e Energia. Esse protagonismo é impulsionado por empresas que combinam inovação, escalabilidade e compromisso ambiental. Conheça as 7 líderes que estão redefinindo o futuro energético do país.

1. Cemig (CMIG4): Estratégia Multifonte e Novos Leilões

Além dos 7.000 MW em operação, a Cemig está executando dois eixos estratégicos em 2025:

Novos Contratos:

  • Fornecimento de 100% energia renovável para o Projeto de Ouro Tocantinzinho (Pará) até 2026, atendendo 30 MW médios com hidrelétricas certificadas.
  • Leilão de 300 MW para projetos eólicos/solares com operação a partir de 2026, contratos de 10-15 anos no mercado livre.

Tecnologia Híbrida:

Projeto Piloto Local Capacidade
Solar + Armazenamento Minas Gerais 5 MW
Eólica + Hidrogênio Verde Bahia 12 MW (Fase 1)

2. Engie Brasil (EGIE3): Recorde de Investimentos e ESG

Com R$ 9,7 bilhões investidos em 2024, a empresa atingiu marcos críticos:

Expansão Capacitativa:

  • Complexo Eólico Serra do Assuruá (846 MW): 50% operacional desde 2024, previsão de conclusão em 2025.
  • Complexo Solar Assú (752 MW): Testes iniciados em janeiro de 2025, capacidade total até Q3/2025.

ESG Destacado:

  • Prêmios 2024:
  • Mercado Livre: Crescimento de 32% no número de clientes, totalizando 36.064 GWh vendidos.

3. CPFL Renováveis: Inovação Aberta e Expansão Regional

O Programa Inova CPFL 2025 foca em três frentes estratégicas:

Desafios 2025:

  1. Armazenamento de energia para redes isoladas (Amazônia).
  2. Integração de veículos elétricos na rede urbana.
  3. Hidrogênio verde para indústrias de fertilizantes.

Crescimento na América Latina:

  • 48 novos projetos em 2025 (35 no Brasil).
  • Investimento confirmado: R$ 2,3 bilhões (25% em tecnologias emergentes).

4. Alupar (ALUP11): Hidrelétricas Internacionais e Transmissão

A empresa consolidou-se como player continental:

Projeto La Virgen (Peru):

  • Capacidade total: 84 MW (3 turbinas).
  • Investimento: US$ 140 milhões.
  • Impacto: Atende 120 mil residências em Junín.

Infraestrutura:

Indicador 2024 2025 (Meta)
Linhas de transmissão 8.800 km 9.500 km
Subestações operacionais 13 17

5. Órigo Energia: Revolução do “Solar as a Service”

A startup ampliou seu modelo de assinatura solar:

Números Atualizados (Mar/2025):

  • Clientes: 183 mil (+41% vs 2024).
  • Fazendas Solares: 214 em 15 estados.
  • Economia acumulada: R$ 280 milhões.

Novo Modelo:

  • Órigo Empresas: Planos corporativos com garantia de preço fixo por 10 anos.
  • Órigo Residencial: Kit solar portátil para áreas remotas (lançamento previsto para Q2/2025).

6. Solatio: Megaprojeto Integrado no Piauí

O complexo de 4 GW avança com detalhes técnicos revelados:

Fases de Implementação:

Fase Capacidade Cronograma Investimento
1 3 GW 2025-2028 R$ 7,7 bi
2 1 GW 2029-2030 R$ 2,6 bi

Tecnologia:

  • Módulos bifaciais de 670 W (fornecidos pela JA Solar).
  • Eletrolisadores da Nel Hydrogen (EFiciência: 82%).

Impacto econômico: 8.200 empregos indiretos até 2028

7. Renovigi: Fabricação Nacional e Parcerias Estratégicas

Após aquisição pela Intelbras (2022), a empresa revolucionou sua operação:

Cadeia Produtiva 2025:

  • Fábricas: 4 unidades (capacidade total de 1,2 GW/ano).
  • Fornecedores: 85% componentes nacionalizados.
  • Certificações: ISO 9001, 14001, 45001 e Inmetro Tier 1.

Dados Comerciais:

  • E-commerce: 92% das vendas via plataforma própria.
  • Parceiros instaladores: 12.400 (+38% vs 2024).

Análise Setorial 2025: Tendências e Projeções

Indicador Dado Atual Meta 2030
Capacidade Solar Instalada 54 GW 128 GW
Geração de Hidrogênio Verde 180 kt/ano 3,8 Mt/ano
Investimentos Anuais R$ 82 bi R$ 135 bi

Conclusão Ampliada: O Brasil como Laboratório Global

Com R$ 289 bilhões investidos em renováveis entre 2023-2025, o país não apenas lidera em capacidade instalada, mas também em modelos de negócio inovadores. Desde o “solar as a service” da Órigo até os megaprojetos integrados de hidrogênio da Solatio, as empresas brasileiras estão escrevendo o manual da transição energética inclusiva – um case estudado agora em 40 países.